Mosteiro datado de 1120,mas ocupado em 1160 pelos cónegos Regrantes (StºAgostinho)vindos do Mosteiro de Ermelo. Tem como orago Stº André. Nos séculos XVI e XVII sofreu alterações (arte barroca) e restauros. Em 1560 terá sido ocupado pelos frades dominicanos. Em 1834 foram expulsas as ordens religiosas e o mosteiro foi vendido em hasta pública ao Visconde de Vilarinho de S. Romão. Em 1982 a Igreja Matriz sofreu obras de restauro: telhado, teto e pinturas. O Convento de Santo André de Ancede, foi primeiro da Ordem de Santo Agostinho e, mais tarde, da dos Dominicanos,
igualmente anterior à invasão mourisca, ou pelo menos coevo da fundação da nacionalidade - pois veio a obter Carta de Couto de D. Afonso Henriques, em 1141. A ele encontra-se anexa a atual Igreja Matriz, de três naves (1689), que, além do seu indiscutível valor arquitetónico, contém um precioso núcleo museológico de arte sacra, onde se incluem, para além de valiosas peças de paramentaria, uma Custódia (semelhante à que se diz ter saído das mãos de Gil Vicente), várias Cruzes Processionais e um Cofre com a cabeça do «frade santo», tudo em prata, e, ainda, pinturas inspiradas na Escola de Grão-Vasco, com relevo para o tríptico, e notáveis exemplares de estatuária religiosa.
De notar que as construções atualmente existentes correspondem ao período dominicano, depois de o mosteiro ter sido anexado, em 1560, ao Convento de S. Domingos de Lisboa e refletem, pela sua riqueza, para além da importância cultural e religiosa o seu poder económico, derivado do extenso número de propriedades que possuíam em várias regiões do Norte do país e, sobretudo, dos lucros da venda do vinho (O início da construção da atual Adega e dos Celeiros data de 1753).
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