sexta-feira, 2 de março de 2012

Mosteiro/Convento de Ancede

Mosteiro datado de 1120,mas ocupado em 1160 pelos cónegos Regrantes (StºAgostinho)vindos do Mosteiro de Ermelo. Tem como orago Stº André. Nos séculos XVI e XVII sofreu alterações (arte barroca) e restauros. Em 1560 terá sido ocupado pelos frades dominicanos. Em 1834 foram expulsas as ordens religiosas e o mosteiro foi vendido em hasta pública ao Visconde de Vilarinho de S. Romão. Em 1982 a Igreja Matriz sofreu obras de restauro: telhado, teto e pinturas. O Convento de Santo André de Ancede, foi primeiro da Ordem de Santo Agostinho e, mais tarde, da dos Dominicanos, 
igualmente anterior à invasão mourisca, ou pelo menos coevo da fundação da nacionalidade - pois veio a obter Carta de Couto de D. Afonso Henriques, em 1141. A ele encontra-se anexa a atual Igreja Matriz, de três naves (1689), que, além do seu indiscutível valor arquitetónico, contém um precioso núcleo museológico de arte sacra, onde se incluem, para além de valiosas peças de paramentaria, uma Custódia (semelhante à que se diz ter saído das mãos de Gil Vicente), várias Cruzes Processionais e um Cofre com a cabeça do «frade santo», tudo em prata, e, ainda, pinturas inspiradas na Escola de Grão-Vasco, com relevo para o tríptico, e notáveis exemplares de estatuária religiosa.
De notar que as construções atualmente existentes correspondem ao período dominicano, depois de o mosteiro ter sido anexado, em 1560, ao Convento de S. Domingos de Lisboa e refletem, pela sua riqueza, para além da importância cultural e religiosa o seu poder económico, derivado do extenso número de propriedades que possuíam em várias regiões do Norte do país e, sobretudo, dos lucros da venda do vinho (O início da construção da atual Adega e dos Celeiros data de 1753).
Acrescem a este acervo patrimonial os inconfundíveis conjuntos escultóricos com verdadeiras representações cénicas da vida de Cristo, ao jeito do estilo barroco, segundo a devoção do Rosário divulgada pelos Dominicanos, na Capela do Bom Despacho (1731), erigida no Adro da mesma Igreja.






quinta-feira, 1 de março de 2012

Fundação Eça de Queirós



















A Fundação Eça de Queiroz é uma instituição de utilidade pública administrativa, sem fins lucrativos, que tem como cais de partida a divulgação e promoção nacional e internacional da obra do maior nome do romance português.














Para recordarmos mais tarde uma foto em  frente a casa de Eça de Queirós

Termas
No tempo do Imperador Augusto foi construído um balneário, totalmente esculpido no afloramento granítico, conhecido por Pedra Formosa, o qual possui a arquitetura própria dos existentes nos povoados castrejos.
No final do século I, este balneário é desativado. A seu lado, erguem-se as primeiras termas romanas, construídas de acordo com um projeto clássico, semelhante aos de Pompeia ou Conimbriga. Estas possuíam apodyterium e uma sucessão de salas que levavam as pessoas a passar por ambientes cada vez mais quentes: primeiro o frigidarium, com uma pequena piscina para banhos de água fria, depois o tepidarium, para adaptação ao ambiente quente e húmido do caldarium. À sauna, poderiam seguir-se as massagens no unctorium. As termas de Tongobriga tinham ainda um jardim exterior, a palestra, e uma piscina de ar livre, a natatio.









Área habitacional
Em Tongobriga, a área habitacional exumada é ainda reduzida, embora seja vasta a identificada através de fotografia aérea e prospecção.
Escavou-se já um bairro, com as suas ruas e casas. Todas estas apresentam vários compartimentos de pequenas e médias dimensões.
No bairro exumado salientam-se uma casa, de dois pisos, sendo um deles a cave - é possível observarem-se os degraus que davam acesso da cave da casa à rua - e a rua sob a qual existiam esgotos. Outras casas, duas das quais recentemente escavadas, possuem impluvium em perfeito estado de conservação.
Há também casas, datadas de meados do séc. II, construídas sobre espaços em que existiam casas de planta circular do séc. I. Destas só restam os alicerces, pois foram desmontadas aquando da nova construção.
Realce para o cuidado que foi posto pelos construtores nos sistemas de drenagem das águas pluviais, quer nas mais antigas do Séc. I, quer nas do Séc. II, estas já edificadas segundo um plano onde predomina a ortogonalidade.
Nesta cidade viveriam 2.500 a 3.000 habitantes.















As cinzas eram depositadas numa urna, normalmente um simples pote cerâmico; juntavam-lhe algumas peças habitualmente usadas no dia-a-dia - pratos, jarras, adornos pessoais e algumas moedas
Era nestes utensílios que guardavam as cinzas.

Sítios arqueológicos 

Fórum
Em Tongobriga, o fórum salientava-se pelas suas dimensões , englobando os espaços comerciais e religiosos. A sua construção iniciou-se no alvor do séc.II d.C., no tempo do imperador Trajano.
A ampla praça tinha no lado Sul uma plataforma, mais alta, onde estavam as lojas protegidas pelo telhado de duas águas que cobria todo esse lado do fórum. Este telhado era suportado por uma colunata em granito, com espaçamento de 4,4 metros. Desta colunata, ainda é possível ver as sapatas dos alicerces.
No lado Norte, uma rua com 7 metros de largura limitava a praça, onde se destacavam duas absides. Esta rua terminava numa escadaria do lado Nascente. No lado Poente situava-se o Templo, do qual só se recuperaram o alicerce e algumas pedras do podium. 
No lado Nascente, o fórum era limitado por um edifício cuja função é ainda duvidosa, tal o estado de ruína em que foi encontrado. Poderá ser a basílica, a qual, neste caso, ligaria ao fórum através de uma larga abertura com 4,4 metros situada na linha de simetria da praça.


Onde está o número 1 era a Praça.















Rua de 7metros.

























sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Visita de Estudo 23/02/2012


Área Arqueológica do Freixo
Tongobriga

Aldeia
Na antiguidade tardia, Tongobriga foi certamente afectada pelas perturbações que, então, se fizeram sentir no Império. A vida cívica, comercial e cultural de que esta cidade era o lugar central, foi diminuindo. Como em muitos outros locais do Império dão-se transformações, não só na paisagem urbana, mas principalmente no papel e nas funções da urbe, tanto mais que o centro da povoação terá deixado de ser o fórum, transferindo-se para o seio da zona habitacional, provavelmente para junto de uma igreja então ali construída. Tongobriga foi sede de paróquia sueva.
Desde então, a documentação é escassa e nela não se encontra o topónimo Tongobriga. Em época medieval já o topónimo " freixo " aparece em alguma documentação. Deste período só se conhecem as sepulturas cavadas nos afloramentos graníticos que envolvem a atual igreja, sob a qual está a basílica paleo-cristã.
Ao longo dos séculos, espólios e pedras dos edifícios de Tongobriga seguiram outros destinos e outros aproveitamentos. As casas, o oratório cristão e os muros acolheram a pedra retirada das ruínas romanas. Mas ainda em 1786 se faziam aqui feiras periódicas, salientando-se a da Quaresma, na qual preponderavam os " judeus de Bragança ". Esta memória é ainda mantida pelos sinais das arruinadas lojas da Rua dos Judeus, no centro da aldeia.

Receção Tongobriga 
Casa de Freixo

Igreja de Freixo
Problemas no Emprego


  • Terciarização da economia em que se os serviços e comércio predominam;
  • As deslocações,  encerram nos países europeus e instalam-se onde a mão-de-obra é mais barata;
  • Falta de recompensa pela dedicação prestada;
  • Falta de empregados seguros, já não há empregos para toda a vida;
  • Exige-se cada vez mais qualificações;
  • Nos empregos exigem cada vez mais informações de âmbito tecnológico.


Formas de combater o desemprego
  • Obter  a melhor qualificação profissional possível;
  • Ser empreendedores;
  • Usar o que de melhor temos e aproveitar as nossas capacidades.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Filme "Juno"


Juno é um filme canadense - americano de 2007 dirigido por Jason Reitman e escrito pela iniciante Diablo Cody, lhe rendendo o Oscar de melhor roteiro original. O filme desenvolve-se em torno de um enredo bastante sarcástico, abordando de forma peculiar a problemática gravidez na adolescência. Apreciado pela crítica no geral, o filme foi um êxito de bilheteiras, com lucros dez vezes superiores aos custos. As nomeações deste filme incluíram o BAFTA, Screen Actors Guild Awards, Golden Globe e Óscar.



O filme mostra situações de uma menina de 16 anos chamada Juno, que engravida de seu companheiro de classe Bleeker, e desiste de fazer um aborto. Com a ajuda do pai, da madrasta e da melhor amiga Leah, a jovem adolescente procura o casal "perfeito" para criar seu filho, e encara situações delicadas e incomuns para sua maturidade.Ao descobrir que está grávida, Juno e sua melhor amiga Leah pensam num plano para encontrar os pais perfeitos para o futuro bebé. É então que elas encontram Mark e Vanessa Loring , um jovem casal que pretende adoptar seu primeiro filho. Felizmente, Juno tem o apoio do pai e da madrasta que depois do choque inicial de que sua filha já tem uma vida sexual com o nada viril Bleeker, decidem unir-se para ajudá-la. Mas conforme Juno se aproxima do fim da gravidez, a vida supostamente idí­lica de Mark e Vanessa começa a dar sinais de que não é exatamente o que parecia.





sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Teletrabalho


O que é o teletrabalho?
No mundo  empresarial e do trabalho, tem-se tornado habitual depararmo-nos com o conceito de teletrabalho.   Como a sociedade não ficou alheia à evolução das tecnologias de informação e das comunicações, as formas de trabalhar na comunicação foram, ou estão a ser alteradas, o significado de teletrabalho advém mesmo destas alterações.
Teletrabalho é a possibilidade de trabalhar à distância, através de equipamentos telemáticos, que pode ser realizado a partir de casa ou em centros que disponibilizem material, utilizando as novas tecnologias da informação como a Internet, o E-mail ou a videoconferência. É um prestar de serviço, como o de trabalhar dentro (espaço físico) de uma empresa e desempenhar a função que nos está destinada, mas com este sistema de trabalho não necessitamos de estar na empresa, podemos trabalhar em diversos sítios como já foi descrito em cima. Existe uma grande tendência para chamar a este tipo de trabalho, trabalho a domicílio, o que está errado, pois embora este seja realizado na grande parte das vezes em casa do colaborador, também pode ser realizado num estabelecimento satélite da empresa (numa filial, por exemplo), assim como na sede da empresa para quem desempenha funções, podendo também dividir, estando uns dias da semana em casa e outros na empresa.
 Vantagens para o teletrabalhador:
  •  Fomenta a autonomia na organização do seu trabalho e diminui o absentismo na execução de tarefas;
  • Trabalha de acordo com o seu biorritmo, segundo métodos e preferências pessoais, logo, torna se mais fácil alcançar objetivos pessoais e organizacionais;
  • Redução no tempo despendido na deslocação da sua residência até ao local de trabalho, o que vai levar a uma diminuição do stress devido ao trânsito;
  • Redução das despesas efetuadas nos transportes públicos ou particulares;
  • Maior convivência com a família, devido ao aumento de tempo;
  • Possibilidade de aumento dos rendimentos mensais, caso possa trabalhar para mais de uma empresa.
  • Como já foi referido, o isolamento social;
  • O afastamento dos colegas de trabalhos e da hierarquia;
  • Possibilidade de condições de emprego menos favoráveis, em termos de regalias económico-sociais;
  •  Degradação da vida familiar, devida à intrusão do trabalho no lar;
  • Apagamento da diferenciação entre trabalho e lazer;
  • Maiores possibilidades de conflitos familiares no alojamento;
  • Maiores dificuldades na promoção do emprego.

  Vantagens para as empresas:
  • Redução de custos (imobiliários, de transportes, de pessoal, etc.).
  • Aumento da produtividade;
  • Maior facilidade de recrutamento de pessoal.
      Desvantagens para as empresas:
  • Dificuldade em conseguir a presença do trabalhador no local de trabalho, mesmo quando necessitada;
  • Aumento de custos em equipamentos extra, energia e telecomunicações;
  • Destruição da unidade da empresa e do coletivo de trabalho;
  •  Aumento dos custos de formação do trabalhador.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Taylorismo e Fordismo

No início do século XX duas formas de organização de produção industrial provocaram mudanças significativas no ambiente fabril: o taylorismo e o fordismo. Esses dois sistemas visavam à racionalização extrema da produção e, consequentemente, à maximização da produção e do lucro.



Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), engenheiro mecânico, desenvolveu um conjunto de métodos para a produção industrial que ficou conhecido como taylorismo. De acordo com Taylor, o funcionário deveria apenas exercer sua função/tarefa em um menor tempo possível durante o processo produtivo, não havendo necessidade de conhecimento da forma como se chegava ao resultado final.


Sendo assim, o taylorismo aperfeiçoou o processo de divisão técnica do trabalho, sendo que o conhecimento do processo produtivo era de responsabilidade única do gerente, que também fiscalizava o tempo destinado a cada etapa da produção. Outra característica foi a padronização e a realização de atividades simples e repetitivas. Taylor apresentava grande rejeição aos sindicatos, fato que desencadeou diversos movimentos grevistas.


Henry Ford (1863 – 1947), por sua vez, desenvolveu o sistema de organização do trabalho industrial denominado fordismo. A principal característica do fordismo foi a introdução das linhas de montagem, na qual cada operário ficava em um determinado local realizando uma tarefa específica, enquanto o automóvel (produto fabricado) se deslocava pelo interior da fábrica em uma espécie de esteira. Com isso, as máquinas ditavam o ritmo do trabalho.
O funcionário da fábrica se especializava em apenas uma etapa do processo produtivo e repetia a mesma atividade durante toda a jornada de trabalho, fato que provocava uma alienação física e psicológica nos operários, que não tinham noção do processo produtivo do automóvel. Essa racionalização da produção proporcionou a popularização do automóvel de tal forma que os próprios operários puderam adquirir seus veículos.
Tanto o taylorismo quanto o fordismo tinha como objetivos a ampliação da produção em um menor espaço de tempo e dos lucros dos detentores dos meios de produção através da exploração da força de trabalho dos operários.

Modelo Ford t



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O Homem e o Trabalho






Conceito de trabalho

Toda e qualquer atividade humana, manual ou mental, remunerada ou não.

Trabalho - "Trabalho castigo"
               -"Trabalho-realização"
                                                                        
Trabalho castigo pode ser encarado como fonte de crescimento e realização, mas também como fonte de castigo e sofrimento. A própria origem do termo trabalho confirma isso, pois veio de “tribalium”, um instrumento de castigo medieval. Enquanto o trabalho realização o  ser humano é um ser social e precisa integrar-se na sociedade de um modo responsável. O trabalho representa essa dimensão através da qual o homem se encaixa de maneira responsável na sociedade, tornando-se colaborador da comunidade, garantindo sua sobrevivência e adquirindo segurança psicológica diante dos demais seres humanos.

Formas de trabalho
  • Tempo  parcial (menos de 15 horas semanal);
  • Trabalhadores Liberais (recibos verdes);
  • Trabalho ao domicílio;
  • Trabalho familiar;
  • Trabalho clandestino.


Algumas Profissões com Futuro
  • Engenheiro de redes de comunicação, para criar redes ou plataformas informáticas, para gerir as suas finanças, recursos humanos ou para lidar clientes;
  • E-formador, formação através da Internet de todas as áreas;
  • Fisiologista de controlo de peso, fornecem  uma visão global do corpo, para lidarem o excesso de peso;
  • Chefes de cozinha, os cozinheiros especializados são cada vez mais procurados;
  • Psicogerantologista, com o aumento da esperança de vida, e um maior poder de compra, os serviços de lazer, acompanhamento e apoio a idosos tem cada vez mais procura;
  • Engenheiro especializado em energias renováveis, formado na área das energias renováveis;
  • Produtor cultural, organiza espetáculos que misturam diversas linguagens artísticas.


A Evolução histórica do trabalho
  • Homem Primitivo, vivia da recolha do que necessitava para viver. Era recoletor, recolhia a frutos, raízes, caçava, pescava etc.
  • Primeiras Sociedades, o homem já produz os seus instrumentos. Torna-se produtor faz cerâmica, tecelagem… forma aldeamentos.
  • Primeiras Civilizações, temos a diferença entre os homens livres e escravos. O trabalho era considerado como algo penoso, duro e considerado inferior.
  • Feudalismo, existe um suserano (senhor) e um vassalo (servo). O vassalo não tem direitos só deveres e vive na dependência do senhor.
  • Revolução Industrial, o operário substitui o artesão e aparece a fábrica.
        Consequências:
        Desemprego;
        Greves/Sindicatos;
        Problemas ambientais.
  • Época Moderna, pessoas muito qualificadas com domínio das TIC (tecnologias de informação e comunicação); trabalho em rede; utilização partilhada de documentos em tempo real; redistribuição de chamadas telefónicas (videoconferência, internet.) 

        Surge a mecanização;
        Trabalho assalariado sujeito a condições miseráveis e pouco saudáveis.
  • Segunda Revolução Industrial, uso do petróleo e eletricidade o motor de explosão.   O fabrico em serie  e as cadeias de produção do Taylorismo e Fordismo (Modelo FordT)



Charlot por Tempos Modernos

O operário dedica-se a produção em serie;
O trabalho esta racionalizado (dividido por trabalhador e função);
O objetivo é aumentar a produção;
A mecanização.




 É um filme de 1936 do cineasta britânico Charles Chaplin, em que a sua personagem "O Vagabundo" tenta sobreviver ao  mundo moderno e industrializado.  É considerado uma forte crítica  ao capitalismo, militarismo, liberalismo, conservadorismo, stalinismo, fascismo, nazismos e imperialismo, bem como uma critica aos maus tratos que os empregados passaram a receber depois da revolução industrial. 
Nesse filme Chaplin quis passar uma mensagem social. Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja. E nada parece escapar a máquina toma o lugar dos homens, as facilidades que levam a criminalidade , a escravidão. O amor também surge, mas surge quase paternal, o de um vagabundo por uma menina de rua.